Subindo a memória por
um roteiro alternativo
resolvo jogar fora
tudo o que diz repeito
ao meu próprio umbigo.
Esse alguma coisa,
massa cinza, insípida,
inodora e incolor
que não foi nada
não é nada
e não diz nada a ninguém.
A piscina e o jardim não estão
e nem nunca estiveram lá –
apenas o frio,
algumas pombas
e a solidão.
Nada (como alguma coisa) acontece em qualquer lugar.
Mais um exercício pra aula do Paulo Britto. Neste deveríamos fazer um diálogo com algum outro poema. Escolhi o I Remember, I Remember, do Larkin, que dá pra ler aqui
"words are poisoned darts of pleasure" FF
domingo, 26 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
matinal em botafogo
Hoje de manhã
por muito pouco
uma castanha
não me causa uma
concussão.
Alívio - pior
seria se fossem
as jacas que
estivessem em
estação.
por muito pouco
uma castanha
não me causa uma
concussão.
Alívio - pior
seria se fossem
as jacas que
estivessem em
estação.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Wake up and smell the coffee
Nem pense em ignorar o despertador
e vá cambaleando até a cozinha
(escore-se na parede para não
tropeçar e acordar a vizinha).
Ferva água e escolha uma caneca:
são três medidas de pó e nada de açúcar.
Agora volte ao quarto
e deixe que o olfato
cumpra o seu papel.
Aguarde 15 minutos e
esboce o primeiro contato.
Vida – e amor por quê não? –
só depois do primeiro gole de café.
e vá cambaleando até a cozinha
(escore-se na parede para não
tropeçar e acordar a vizinha).
Ferva água e escolha uma caneca:
são três medidas de pó e nada de açúcar.
Agora volte ao quarto
e deixe que o olfato
cumpra o seu papel.
Aguarde 15 minutos e
esboce o primeiro contato.
Vida – e amor por quê não? –
só depois do primeiro gole de café.
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