Subindo a memória por
um roteiro alternativo
resolvo jogar fora
tudo o que diz repeito
ao meu próprio umbigo.
Esse alguma coisa,
massa cinza, insípida,
inodora e incolor
que não foi nada
não é nada
e não diz nada a ninguém.
A piscina e o jardim não estão
e nem nunca estiveram lá –
apenas o frio,
algumas pombas
e a solidão.
Nada (como alguma coisa) acontece em qualquer lugar.
Mais um exercício pra aula do Paulo Britto. Neste deveríamos fazer um diálogo com algum outro poema. Escolhi o I Remember, I Remember, do Larkin, que dá pra ler aqui
"words are poisoned darts of pleasure" FF
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