Na infância me coçavam e eram logo arrancados, abandonados num canto qualquer e decerto perdidos, para desgosto de mamãe. Um outro esqueci de propósito na banheira de um amante, desta vez para desgosto meu: o romance não durou nem um instante. Na antiga casa, nunca andou; não existiu mais do que a marca que na parede da cozinha ficou. Agora, na casa nova, jaz morto sobre a mesa o novo modelo – esqueci de pendurar.
Tic tac, mesmo, só o da morte a espreitar.
5 comentários:
No meu blog antigo escrevi uma vez sobre como não acredito no tempo.
Lendo este texto fiquei com vontade de escrever mais sobre o tema.
o tempo, sempre dando o que falar...
adorei o poeminha do metrô de Londres, hehe.
a aula foi boa sim!
gosto da imagem da marca na parede!
Ai ai...esses relógios...
faço minha as palavras do Luiz.
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